Dia de finados
Sou da terra podre
aquela que rasga
racha o chão
terra em que uns sem-terra
outros aterram
e muito são soterrados
A incessante disputa por fendas
entre os coronéis
que empunham armas
foiçando, suando
surrando e forçando
com ferraduras nos pés
Sou do interior de um caos urbano
complexo, expresso circular
onde gente forma fila
pra ser gente em primeiro lugar
Tropeiro, terminal,
seu café Rodocenter amargo
catedral, alzira-sucuri
supiriri, sou João de Camargo
Sou soro acabando no meio da rua
fantasma assombrado
que um dia amou
eu sou o tempo que foi
"eu fui o que tu és, e tu serás o que eu sou".
2 Comments:
Tem coisa melhor tenho esse poema musicado pqprio muito bom.
Parabéns mesmo vc é foda!!!
Sarda ><((((º>
http://sardanapista.blogspot.com
pra quem gosta de fotografia passa lá
abraço
A melhor de todas !!! Devia ser o hino de Sorocaba.
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