Saturday, August 19, 2006

Sem sofrer de amor não há verbo
O amor é uma parede conquistas são marretas
Ponha um riacho no poema
Rio de amor
Florema no sorriso
Polido, pálido
Lido flácido
Xilocaína sonora
A rede on-line de pano
Navego balançando
Num sítio desenvolvendo chacras
Mantras com tratores e contraltos
Altos e baixos de uma vida de quem ama
E clama a chama toda vez que a coisa inflama
Brasão brasa, flâmula
Gozo do prazer em conhecê-la
como conhecer a noite inteira
se eu não sofrer , não há poema
disseca na caneta o último sangue azul
lágrima resenha de um olho na lentidão

meu sangue é sonoro lamento
do limbo da vida de incertezas
boêmia, noite o mio do gato madrugada
discutimos loucuras em cima da mesa
onde nasceu nossos momentos

jão são tantas promessas, já são grilos
cantando os velhos clichês
já são quase uma da manhã
e a dor não passa de um poema

a escova de dente, o creme
boca de novos segredos sorri
uma nova fase, e a gente espiando
nossas vergonhas pelo buraco da fechadura

e o poema não passa de uma dor