Esplendor
Meu mundo, meu submundo.
Minha fossa, minha nossa!
Sua manha, minha ,
A sua mãe não!
A mão suada.
Não ouço nada!
Não ouso
usar mais nada!
Meu lado escuro,
meu lado com bico de luz,
meu bico calado.
A calada da noite grita,
o gato preto me abraça
e atravessa a rua,
o rumo que tomo é sem gelo
e com limão,
às vezes não durmo
sem tomar Dramin,
ler Drummond
ouvir Drumin’bass,
fico feliz todo dia
e louco uma vez por mês
meu espectro esperto,
meu ectoplasma isolado
minha ciência não sai do lugar,
minha paciência foi estudar fora
procuro enxergar com o ouvido
tudo aquilo em que duvido
meu ódio contido
meu amor, contudo
salva-me ,
num esplendor
viva minha dor!